segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Pica no culo

Estou um pouco ausente aqui do blog porque desde sexta-feira estou com uma peste que anda solta pela empresa. Passei o sábado e o domingo tossindo e com febre. Ontem fui a uma clínica particular com a qual a empresa tem convênio e a médica diagnosticou gripe e uma pequena infecção urinária. Como a febre estava um pouco alta, tive que tomar uma pica no culo (a famosa injeção na bunda). Assim é impossível não melhorar, né?! Hehehehe

A parte cômica da coisa toda é que a médica perguntou se eu preferia tomar injeção intravenosa ou intramuscular. Eu perguntei qual era melhor e ela disse que, como a intramuscular dói bastante, talvez eu preferisse a intravenosa. Obviamente concordei na hora. Alguns minutos depois, ela voltou e disse que eu teria que tomar a intramuscular porque, do contrário, minha temperatura baixaria muito rápido e isso poderia ser ruim. Depois de toda a propaganda negativa, só pude dar um sorrisinho amarelo e concordar, né... Fazer o quê?!

Me dirigi até a salinha de enfermagem, baixei a calça, deitei e esperei a pica, que, por sinal, era enorme! :P A enfermeira então disse: "essa pica é mal falada". E eu: "ai meu deus, por quê?". Ela: "dói muito". Eu, com sorriso mais do que amarelo: "aaahnsasld" (mistura de suspiro e gemido). Ela: "mas não te preocupes, essa pica é como sogra". Eu, ainda esperando de bunda de fora: "hein??". Ela: "é, a boca pode ser ruim, mas o conselho é bom". Eu, um pouco menos tensa: "aaahh, que bom". Uns instantes depois, ela já com a pica na mão: "tenta relaxar". Não respondi nada, mas pensei...a mulher primeiro me faz baixar a calça e ficar de bunda de fora, depois me aparece com uma pica enorme, diz que dói e ainda pede pra eu relaxar. Ninguém merece, né?!
Bom, vou poupá-los dos detalhes sórdidos... O fato é que saí de lá mancando. A tal da pica no culo é cruel!

Mas a danada é boa mesmo, valeu a pena. Um tempo depois eu já estava suando em bicas e a febre não voltou mais. To tomando vitamina C, xarope e um outro remédio lá que é para acabar com a infecção urinária. Bem bom! Hoje não fui pro escritório porque ainda to um pouco molenguinha, então preferi trabalhar em casa. Amanhã já devo estar 100% :)

A parte legal disso tudo é que a Cléa, que trabalha no mesmo projeto que eu, e a Luci, que divide o ap com ela, foram super legais e se ofereceram para me acompanhar até a clínica ontem. Fui muito bem cuidada nesse fim de semana e fiquei tri feliz com a acolhida. É ruim ficar doente longe de casa, mas nem cheguei a ficar muito dengosa porque elas duas e a Verônica, que mora comigo, cuidaram direitinho de mim. Deixo aqui o meu agradecimento público! Obrigada, meninas! :)

Logo, logo o blog estará a todo vapor novamente! Não é qualquer pica no culo que me derruba! Ha Ha!

Obs: o desenho desse post é de autoria de Rivaldo Barboza e foi retirado de http://tracosetrocos.wordpress.com

sábado, 29 de agosto de 2009

Hoje Arrenda

Todo mundo conhece a rua 25 de março, em São Paulo?
Pra quem não conhece, a 25 é uma rua de comércio popular, cheia de coisas baratas e com um povão danado. Em época de Natal, a 25 também é conhecida como a porta do inferno. Quer dizer, pra minha mãe é o paraíso... :)

Hoje de manhã fui com as gurias aqui de casa em um lugar chamado Hoje Arrenda. A ideia é a mesma da 25 de março. Comparando as duas, no entanto, a 25 fica mais parecida com o BarraShopping do que com qualquer outra coisa. Vocês não têm noção. Eu nem vou dizer que gostaria de ter fotografado pra mostrar pra vocês porque, sinceramente, não gostaria. Aquilo não é a porta, é o banheiro do inferno. Sério.

Ok, tinha coisas baratíssimas e até que bonitas, mas, sinceramente, não vale a pena. Basicamente, o Hoje Arrenda é uma rua com umas três ou quatro quadras repletas de "lojas". O lojas está entre aspas porque, na verdade, as tais lojas são buracos infectos, fedidos e poeirentos, situados em locais que mais se assemelham a galpões compridos, com várias pequenas bancas em cada um deles. Como se isso não fosse ruim o suficiente, a tal rua em que fica o Hoje Arrenda é uma grande mistura de poeira, barro, lama e lixo. Muito lixo. Muito lixo mesmo.

No meio desse lixo todo estão as pessoas. Muitas pessoas. Foi uma das imagens mais tristes e degradantes que já vi aqui em Luanda. Centenas de vendedores ambulantes circulando no meio daquele lixo todo. Homens, mulheres, crianças, idosos. Comida sendo preparada em meio à imundície e milhares de pessoas que estão tão habituadas com isso tudo que nem enxergam mais o absurdo dessa realidade.

Uma curiosidade: no Bellas Shopping, que é o único shopping center da cidade, e sobre o qual vou falar em um post futuro, são poucos os negros. No Hoje Arrenda, o shopping informal da cidade, são raros os brancos. Hoje nós eramos as únicas brancas dentre os milhares de transeuntes presentes. Que coisa.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Feliz aniversário!

Ontem foi aniversário do Gordo! Passei o dia inteiro pensando nele e no quanto gostaria de estar em Pelotas pra dar um abração bem apertado de parabéns e de saudades nessa figurinha única que é tão importante na minha vida.

Pra quem não sabe, o Gordo é o meu pai.
Foi ele quem me ensinou a ler e também foi ele quem me disse que não existe obstáculo que não possa ser transposto quando a pessoa é competente e se esforça. Foi ele quem me mostrou que o importante é ser feliz e que precisamos sempre respeitar os outros e, o mais difícil, a nós mesmos. Foi com ele que aprendi que devemos nos despedir das pessoas que amamos sempre com palavras de carinho, que um elogio pode fazer toda a diferença na vida de alguém, que o sorriso é uma grande arma e que sabedoria independe de idade. Foi ele quem garantiu que o meu futuro estava nas minhas próprias mãos e que eu poderia tranquilamente correr atrás dos meus sonhos, por mais distantes que eles parecessem estar.
Ele trocou (e lavou!) as minhas fraldas, vibrou com as minhas vitórias, sofreu com as minhas derrotas, me ajudou a levantar, a erguer a cabeça e a sempre seguir em frente. Nos últimos 24 anos, que são aqueles sobre os quais posso falar, ele errou muito e acertou mais ainda. Me fez acreditar que é o maior pé de valsa, que joga xadrez melhor do que o Mequinho, que é craque no ping-pong e que é imbatível no sudoku. Ele me fez amar o Grêmio querido e, se hoje eu assisto até jogo da série C, a culpa é dele.
Ele não só permitiu como também incentivou os meus maiores vôos. Me deu abrigo e segurança. Me aceitou do jeitinho que eu sou, sem tirar nem por. Acolheu como filhos os meus amigos e amores. Esteve e está ao meu lado em todos os momentos.
Ele é o Gordo, o meu Gordo, e o mais legal é que não há regime que possa mudar isso! Pai, por tudo isso, e por muito mais, o meu muitíssimo obrigada. Tu sempre foste, e sempre serás, o meu maior herói. Feliz aniversário!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sinuca

Sexta-feira fui jogar sinuca com um pessoal em um barzinho que fica na Ilha. Não me perguntem onde é a Ilha porque eu não faço a mínima idéia. Não tenho senso de direção, lembram? Só sei que tinha água na volta... Tá, que óbvio, Palmeira! Mas enfim, fica em algum lugar na Província de Luanda, perto da água. Boa referência, hein?! :D

O importante é que a companhia estava ótima (fui com um pessoal da empresa), o lugar era legal e as mesas de sinuca muito boas. Eles tinham telões espalhados por todo o bar, todos sintonizados em canais de esportes. Não preciso dizer que adorei, né? Comemos uma pizza maravilhosa para os padrões angolanos (não vou explicar, confio na imaginação de vocês)!

O único problema é que a música estava altíssima e impedia qualquer tentativa de conversação. De resto, me senti praticamente no Brasil. Tinha chopp gelado e tudo! Aqui o pessoal chama chopp de "fino" e serve sem colarinho (eca!). Só faltaram as batatinhas com queijo! ;)

CAN 2010


Angola vai sediar, em janeiro de 2010, a Copa Africana de Nações (CAN), o maior campeonato de futebol do continente africano. É como a Copa América para os sulamericanos.
O CAN acontece de dois em dois anos e o atual campeão é o Egito. Luanda já está no clima da Copa Africana. A Província está cheia de painéis, relógios com contagem regressiva (faltam 138 dias) e propagandas pintadas em ônibus. Estão sendo construídos estádios, estradas, hotéis, edifícios, enfim... A cidade, que já está naturalmente em processo de reconstrução, se assemelha cada vez mais a um gigantesco canteiro de obras. Se já não tivessem me dito quinhentas mil vezes que as obras aqui são construídas do dia para a noite, eu não acreditaria que eles vão conseguir acabar tudo a tempo. Mas parece que os chineses envolvidos em todas essas construções são realmente mágicos, então tudo é possível.

No fim de semana passado fomos a Viana, um município aqui perto, e passamos pelo estádio que vai sediar a final do CAN. É uma obra impressionante (foto acima) e eu gostaria muito de vê-la finalizada. Só espero que ao término do campeonato o estádio não tenha um destino semelhante ao Ninho do Pássaro, que foi construído para as Olimpíadas de Pequim e que hoje é um elefante branco praticamente abandonado na capital chinesa.

A mascote do CAN 2010 é a Palanquinha, inspirada na Palanca Negra Gigante, o animal símbolo de Angola. A Palanca Negra é um antílope em extinção que só existe nas Províncias de Malanje e Bié, onde ficam a Reserva Integral do Luando e o Parque Nacional da Cangandala, respectivamente. Parece que atualmente existem apenas cerca de 100 espécimes de Palanca Negra. A seleção angolana adotou o animal como o seu representante. Tomara que o futebol deles não entre em extinção também. Angola nunca ganhou o CAN...

Kizomba

A Kizomba é um estilo musical que faz muito sucesso aqui em Angola. As letras normalmente são de uma tremenda dor de cotovelo e deveras machistas, mas dá pra se divertir um bocado!
Aqui abaixo estão o clipe e a letra da minha preferida! Prestem atenção na parte em que ele fala que estava com a Neusa... É algo! :)

Então, com vocês, Heavy C e a música "Como me sinto eu"! Uhuuuuuu!


Eu não me sinto nada bem...

Eu sei que o nosso caso não durou
O nosso império desmoronou
Culpa minha ou culpa tua, não me interessa mais
Eu te traí muito, isso é um facto
Eu sei que não foi do teu agrado
Eu errava cegamente e tu me davas sinais

PRÉ-REFRÃO:
Hoje te entregas a outro
E me dás o troco
Achando que é a solução
Da nossa relação
E eu bebi o meu veneno
Com este truque baixo e pequeno
Tu chegaste ao extremo

REFRÃO:
E eu não me sinto nada bem
Foste tocada por outro alguém
Achaste que me traindo
Resolverias a situação
Mas se pensas que assim ta bem
Então fica com esse alguém
Desejo-te felicidades do fundo do meu coração

Eu saí com a Neusa
Era em ti que eu pensava
Aquela que tu não citaste o nome
Eu também me entregava
O que é que tu pensaste
Quando te entregaste
Te traí, tu traíste, mas o que é que resolveste?

PRÉ-REFRÃO
REFRÃO

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pensamento peculiar

Boa parte do pessoal do Grupo Aldeia mora no mesmo condomínio enorme em que eu vivo. Como os prédios são todos muito parecidos, é difícil saber bem onde a pessoa está. Quer dizer, é difícil para uma pessoa como eu, que nasceu sem aquela coisa chamada "senso de direção". Os motoristas sempre sabem onde mora todo mundo. É incrível.

Mas toda regra tem uma exceção...

Ontem um motorista novo nos trouxe pra casa. Ele veio aqui três vezes no mesmo dia por motivos diversos. Sabe o caminho, certo? Errado.
Uma das consultoras veio jantar aqui em casa e, na hora de voltar pra casa dela, ligou pra ele: "Fulano, vem me buscar aqui onde me deixaste, por favor".
Uma meia hora depois (o trajeto que ele faria não leva mais do que cinco minutos), ela liga novamente: "Fulano, onde estás?". Ele: "Na frente da sua casa, professora". Ela: "Mas, Fulano, eu lhe disse para me pegar no prédio da professora Beltrana, onde você me deixou antes". Ele: "Ah! Ok, professora".
Alguns minutos depois, ela liga de novo: "Fulano??". Ele: "Professora, estou na frente do 115". Ela: "Mas, Fulano, esse é o MEU prédio!! Estou lhe dizendo para me buscar no 812". Ele: "Eu não sei onde é, professora". Ela: "Mas você veio aqui três vezes hoje, Fulano..." e deu as instruções necessárias. Alguns minutos depois, ele liga: "Professora, não acho o 812". Ela, já furibunda: "Então volte para a casa do projecto, venha com algum motorista que saiba onde é e dessa vez preste atenção ao caminho que ele vai fazer!". Alguns instantes depois, eles chegaram. Vamos ver se amanhã o gajo sabe voltar...

Aqui existe o que os brasucas maldosos chamam de pensamento peculiar angolano. Algo parecido com o tipo de pensamento do Manuel e do Joaquim, os grandes colonizadores portugueses...

Um tempo desses uma consultora disse a um motorista: "Fulano, vá até o aeroporto com o carro x e faça tais e tais coisas. Quando você voltar de lá, dê a chave do carro ao motorista Beltrano, ok?". Ele: "Sim, senhora". Algumas horas depois dá uma baita confusão com os carros e ninguém sabe onde está o carro x. A consultora liga para o motorista: "Fulano, onde é que está o carro?!". Ele: "Estacionado no aeroporto, professora. Eu voltei e entreguei a chave ao motorista Beltrano, como a senhora mandou".

Ninguém merece! :P

domingo, 23 de agosto de 2009

Auto-choque

Basicamente, o trânsito daqui é um caos! Dizem que quem dirige em Luanda dirige em qualquer lugar do mundo. Eu sei, vocês vão dizer: "ah, mas eu conheço um lugar em que o trânsito também é caótico...". Não, vocês não conhecem! :)

Todo mundo já andou naqueles carrinhos de auto-choque de parque de diversões, os famosos carrinhos bate-bate? Então... o trânsito de Luanda é um grande "brinquedo" desses: praticamente não existe sinalização e algum desavisado pode achar que o objetivo dos carros é bater uns nos outros. As pessoas andam na contra-mão, poucas dão sinal, os pedestres se jogam na frente dos carros (hoje vi dois atropelamentos, um sério :/), os veículos atravessam uns na frente dos outros sem se importar se o carro está a 10 ou a 100 quilômetros por hora e, nos cruzamentos, a preferência é sempre do mais corajoso. O problema é que, na maioria das vezes, existem dois, três ou quatro motoristas que acham que são mais corajosos e que se jogam no cruzamento ao mesmo tempo. Resumindo: qualquer pessoa com problemas cardíacos (ou que ame muito o seu carro) deve evitar terminantemente circular nas ruas da província.

A parte boa da história toda é que os carros são um deleite para os olhos. Na empresa, por exemplo, temos vários Captiva, Avanza, Fortuner e outros carrões que nem existem no Brasil. Grande parte das ruas daqui não só não é asfaltada, como também lembra uma montanha russa, ou melhor, uma pista de motocross. Assim sendo, o recomendado é andar com carrão mesmo porque os menores simplesmente não aguentam. Aqui é super comum ver aqueles Hummer horrorosos, por exemplo.

Outra curiosidade: Luanda é um cemitério de carros. Como automóvel é muuuuito barato aqui (uma Captiva custa algo em torno de 30 mil dólares) e não existem bons mecânicos, as pessoas não consertam os carros quando estragam... Elas simplesmente os abandonam na rua. Sério! Não é um ou outro carro. São centenas, milhares! Alguns quase novos... E o pior é que isso está se tornando em um problemão porque algumas ruas ficam quase intransitáveis devido ao número de carros abandonados. Os engarrafamentos já são naturalmente quilométricos e os carros abandonados só pioram a situação.

Alguém por aí entende de carros e tá a fim de ganhar uma grana fácil? Vem pra Angola montar uma oficina mecânica e recolher esses carros todos... Deve dar pra fazer um bom pé de meia!

Transporte

Vou contar um pouquinho sobre como me locomovo por aqui.

Lembram que eu disse que as gurias ligam para os motoristas quando queremos ir para o escritório? Então... Essa questão dos motoristas funciona assim: por mais perto que seja o lugar onde eu queira ir, não vou a pé. Ninguém vai. Aqui só se sai de casa se for de carro. Não sei bem o por quê disso, mas o que me disseram inicialmente é que é perigoso andar pelas ruas de Angola, principalmente (mas não só) quando se é mulher. Dizem as más línguas que por aqui tem muito roubo, então é melhor não bobear.

A sede dos motoristas, que são vários e atendem a empresa inteira, fica na "casa do projecto" (foto ao lado), onde também fica o escritório em que trabalho. É bem pertinho aqui de casa, mas vamos sempre de carro. Todos os funcionários do Grupo Aldeia têm celulares e as ligações entre esses números são gratuitas. Logo, se eu preciso ir para algum lugar, ligo para um dos motoristas e peço para ele vir me pegar em casa. Atualmente isso está dando uma confusão danada porque é pouco motorista para muita gente, então tem que ter todo um planejamento envolvido. Como ainda não estou muito familiarizada com esse rolo todo acabo saindo só quando outras pessoas vão junto. Ontem, por exemplo, fui ao centro da cidade com um pessoal. Foi bem divertido, queria tirar foto de tudo, mas não pude tirar foto de nada por causa daquelas confusões que relatei em outro post. Um saco :/

Agora que, segundo o Gordo, tenho olhos de ver, queria mostrar tudo o que estou vendo para vocês. Às vezes é difícil fazer isso só com palavras...

sábado, 22 de agosto de 2009

Rotina

O povo quer saber como é a minha rotina em Luanda. Pois bem.

Em primeiro lugar, descobri que não moro em Luanda. Quer dizer, moro na província de Luanda, mas o nome do município é Kilamba Kiaxi. Fiquei chocada... Vocês sabiam que não existe um município chamado Luanda? Esse é o nome da província que é a capital do país, mas não de um município. No fim das contas acho que é como se a província deles fosse o que chamamos de cidade e os municípios fossem os bairros. Mas isso só simplificando porque não é beeem assim. Quando/se eu entender como funciona, conto pra vocês!

Mas vamos lá. Sobre a rotina:

Normalmente eu acordo por volta das 7:15, me arrumo vagarosamente, como alguma coisa rápida (ainda não acertei muito bem com o café da manhã), espero as gurias chamarem um dos motoristas da empresa e vou com elas para o escritório. Trabalho durante a manhã e volto pra casa para almoçar. Retorno para a empresa por volta das 14h e trabalho até umas 18, 19h.

Quando cheguei aqui disseram que eu poderia trabalhar em casa se quisesse, mas acaba sendo muito entediante ficar sempre no mesmo lugar, então prefiro dar uma socializada na empresa. Temos uma sala muito boa para o projeto e dá pra trabalhar legal enquanto tomo o meu chimarrão sagrado de cada dia. Consegui contrabandear 3kg de erva na vinda pra cá e, como trouxe uma cuia pequena, espero que o estoque dure bastante!

Essa semana foi uma correria danada porque estamos em fase final de elaboração do instrumento que vamos utilizar na pesquisa. Quinta fomos a uma província chamada Cacuaco (aquela da foto bonita) para aplicar o piloto. O resultado foi excelente! Conseguimos definir vários aspectos metodológicos e fiquei super animada!

Ontem tivemos uma reunião no Ministério da Educação (MED) para discutir o draft da pesquisa. Além da nossa equipe, também participaram da reunião um gestor do MED e uma consultora do UNICEF. Foi bem legal porque, como recém cheguei do Brasil, eles pediram que eu me apresentasse. Como sou pouco modesta (rsrs) e boa de marketing, falei bastante da minha experiência com pesquisa, do mestrado e do CEP-Rua. Eles pareceram ficar bem impressionados. Adorei! Acho que vou seguir os conselhos do Alê e dizer pra consultora do UNICEF que sou amiga do Didi. Quem sabe não consigo uma vaguinha por lá... :D

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Victor

Depois de Lara... Victor!
A muralha do Grêmio na Seleção!
Bem lembrado, Banana ;)

Preguiça

Ainda não contei sobre a minha rotina aqui em Luanda porque estou com uma preguiça profunda. Prometo que corrigirei esse pecado capital em breve. Enquanto isso, vou colocar aqui uma foto que achei linda. Fotografei esse cara em uma praia de Cacuaco, município onde fica uma escola em que fui coletar dados ontem.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Fotos

Aqui em Angola é muito difícil de tirar fotos. Em Luanda os policiais são capazes de recolher a máquina fotográfica de alguém e só devolver perante o pagamento de uma boa gasosa (não, não é um tipo de refri, é propina mesmo). Além disso, as pessoas frequentemente se recusam a ser fotografadas e é uma falta de consideração muito grande fotografá-las sem pedir permissão.

Já ouvi várias versões para explicar essa função toda, mas as mais convincentes foram:
(a) Durante a guerra as fotos eram proibidas para que não pudessem revelar algum segredo da cidade ao inimigo. Como ainda temos muitos resquícios da guerra por aqui, faz sentido que os policiais mantenham a truculência quando percebem que alguém está tentando fotografar o território.
(b) Muitas pessoas acreditam que, se forem fotografadas, perdem a alma. Acho que isso ocorre principalmente nas províncias do interior, mas também já me disseram que, após alguma resistência inicial, o pessoal acaba se deixando fotografar e adora se ver no visor da máquina. Quem não gostaria de dar uma olhada na sua alma, afinal de contas? :)

Bom, isso explica a falta de fotos (que não sejam do banheiro, meu habitat natural). Mas não fiquem tristes, eu não me dei por vencida... Domingo fomos na casa de um cara aqui da empresa comer feijoada (que, por sinal, estava ótima!). No caminho para lá, tirei várias fotos de dentro do carro. Quer dizer, as fotos não eram do carro, eu é que estava dentro dele... :D
O que vocês verão nas imagens é o bairro Benfica, que fica aqui em Luanda. As fotos foram todas tiradas com o vidro do carro fechado porque quase me bateram quando abri a janela (tinha um policial perto...turista sem noção! :P), então às vezes vocês verão um ou outro reflexo na foto, mas nada que atrapalhe muito.

Fiquei em uma dúvida cruel sobre onde postar as fotos, mas acabei decidindo colocá-las no Picasa, que me pareceu ser mais prático do que o Flickr. Como o Picasa, assim como o blog, é do Google, talvez vocês não precisem fazer um novo cadastro para deixar comentários. Mas não sei bem como isso funciona, então se tiverem dúvidas falem com a Loira, que é a assessora oficial dos comentários :) O link das fotos é:

http://picasaweb.google.com.br/amsacco/AngolandancasACaminhoDeBenfica?feat=directlink

Aqui abaixo vai a minha foto preferida dessas que tirei no domingo. Em Luanda é muito comum o povo vender coisas na beira da estrada. Tem de tudo: água, guarda-sol, roupas, bicicletas... Mas tive que recolher o queixo do chão quando vi a cena: as mulheres estavam vendendo peixe na beira da estrada, sem qualquer tipo de refrigeração, no meio de uma poeirama danada e em cima de latas enferrujadas. Creepy! Modéstia à parte, a foto ficou tri! ;)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Milagre!!

Pasmem! Acabo de tomar banho de chuveiro!!! Eu vi! Eu vi a água saindo das torneiras!! Bah, vocês não têm noção: foi incrível!!

Eu tava lá compenetrada, fazendo meu xixi, quando ouvi um barulho estranho vindo da banheira. Fiquei olhando bem concentrada, até com medo de pensar que era água pra não dar azar. Então, de repente, a água começou a jorrar! Muita água! Água transparente!!!
Acho que a última vez em que fiquei tão feliz e surpresa foi na festa que a Loira organizou antes de eu ir embora. Saí correndo pela casa, rindo e gritando pras gurias encherem os baldes.

Ah, é, não contei essa parte... A coisa aqui em casa estava desesperadora. Todas as nossas reservas de água tinham acabado de tarde e o xixi a que me referi teria que ficar paradinho no vaso até o dia seguinte caso o milagre não tivesse ocorrido hoje de noite (aqui são 20:17 agora).

Mas o milagre aconteceu e o santo tá de muito bom humor! Além de também termos luz e internet no momento, eu acabei de descobrir que meu celular começou finalmente a fazer ligações internacionais! Sério, vocês não têm noção da minha alegria!
Cheguei até a tirar uma foto da água saindo da torneira. Agora já não temos mais água corrente (durou uma meia hora), mas deu tempo pra todas tomarmos banho de chuveiro. Foi o melhor banho da minha vida! To com um sorrisão de orelha a orelha!

Bom, vou lá colocar os pés pra cima e aproveitar a boa sorte do momento. Boa noite para todos! Que a água jorre pra vocês como jorrou pra mim hoje! Hauhauhauhauhauha

Smack!!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Internet, luz e telefone

Ontem fiquei o dia inteiro sem internet e não consegui acompanhar o jogo do meu Grêmio querido e o show do Victor, muralha tricolor! Mazah! :D

Aqui falta luz toda hora e frequentemente o sinal da internet desaba. No sábado passamos o dia inteiro sem luz. Isso é extremamente problemático porque a internet acaba sendo meu único ponto de contato com o Brasil. A empresa me deu um celular que deveria estar habilitado para fazer ligações internacionais, mas que no momento só serve para recebê-las. Espero que o problema seja resolvido ainda hoje.

A quem interessar possa, meu número é 00 (xx) 244 914522075.

Tchus! ;)

sábado, 15 de agosto de 2009

Falta de água (volume 2)

Atenção navegantes de estômago fraco (ou fresco): não leiam este post!

Bom, a Tchuca perguntou se já fiz cocô em Angola. Ora, minha cara, a pergunta certa não é se fiz cocô (a resposta é óbvia) e, sim, como fiz para mandá-lo embora!

Voltando à minha odisséia banheirística...

Após acordar do meu soninho reconfortante, senti vontade de fazer o meu cocozinho sagrado de cada dia. Pois bem... A situação em si já era um pouco constrangedora, visto que eu havia acabado de chegar e já estava prestes a empestear a casa. Mas tudo bem, são ossos do ofício. Aproveitei um momento em que o pessoal saiu de casa e fui me aliviar. Foi ótimo! Super agradável e esvaziante! De vez em quando eu dava umas abanadas para aliviar o estrago. Tudo estava transcorrendo de maneira muito tranquila até que chegou a hora de dar a descarga...

Bom, deixa eu explicar: nós temos um balde marrom grande que deixamos no banheiro e que utilizamos para armazenar água pra tomar banho ou pra jogar no vaso sanitário (o que vocês aí chamam de puxar a descarga).

Pois bem. Depois de fazer o que tinha que fazer, peguei a cuia e comecei a jogar água no vaso. Fiz isso uma, duas, três, quatro...dez vezes! E o danado continuava lá! Vai ver que a cuia era muito pequena, então resolvi radicalizar: peguei um balde cheio e joguei. Esperei um pouco e olhei: o lindinho tinha ido embora. Viva! Vitória! Relaxei e fui lavar as mãos.

Quando estava quase saindo do banheiro, me virei e olhei novamente para o vaso. Filho da mãe!! Ele tinha voltado! Quase em desespero, abri a tampa do balde grande e vi que a água
estava acabando. Com medo que minhas companheiras de ap voltassem, abri a porta do banheiro e corri com um balde para a área de serviço, onde o povo armazena água em um balde ainda maior do que o do banheiro.
Enchi o balde pequeno, molhei toda a área de serviço e corri de volta para o banheiro. Joguei toda a água e...ele continuava lá!!
Já suando frio e não sabendo mais o que fazer, peguei aquele treco (tipo uma vassourinha) que se usa pra limpar o vaso por dentro e comecei a delicadamente empurrar o cocô para a saída. Quando finalmente consegui, joguei mais um pouco de água e fui pro quarto aliviada, com a sensação de dever cumprido.

Muito bem... Uma meia hora depois fui fazer xixi. Quando levantei a tampa do vaso, quem estava lá?! Pois é: ELE! Vermelha de raiva e morrendo de medo que alguém chegasse e me visse naquela situação constrangedora, fui tomada por uma onda de ódio profundo e avassalador. Peguei de novo a vassourinha e, desesperadamente, sem pensar duas vezes, assassinei o cocô! Sim! Esmurrei o diabo até que ele virasse pó! Convoquei os antigos espíritos do mal e transformei aquela forma decadente em...nada! Depois de dar uma risada malévola estilo Mumm-Rá (muarrárrárrárrááá), joguei mais um pouco de água no vaso, coloquei um produto de limpeza com cheirinho bom, lavei a vassourinha e fui embora.

Missão cumprida!

Obs.: a minha amiga Mocre (aquela que peida, mãe) pediu para ser citada no blog. Achei que esse post seria propício! Beijo, Moucrei! :D

Falta de água (volume 1)

Atendendo a pedidos, vou falar sobre meu assunto favorito e contar sobre minhas peripécias banheirísticas na bela Luanda. O primeiro post será relaxante, o segundo não será tão delicado... :D

Então...

Tudo começou quando saí do aeroporto e cheguei em casa. Como vocês já sabem, divido o ap com 3 pessoas, que logo me avisaram sobre a maior dificuldade do local: a falta de água. Reza a lenda que aqui em casa tem água corrente (durante alguns escassos minutos) em dois períodos do dia: por volta das 6h e das 19h. O pessoal aproveita essas duas maravilhosas brechas concedidas pelo poder superior e estoca o máximo possível de água para utilizar no decorrer do dia. Ainda não presenciei o milagre.

Pois bem. A falta de água gera uma série de transtornos. Me deparei com o primeiro deles logo depois de chegar em casa exausta depois de muitas horas de viagem. Obviamente queria tomar um belo banho relaxante antes de ir deitar. O problema era apenas um: como?

Nossa “casa de banho” é equipada com uma banheira (que irônico!) dentro da qual guardamos dois baldes com água e uma pequena cuia de plástico. Logo que cheguei, a Paula (empregada aqui de casa) disse que eu já podia tomar banho e que estava tudo no banheiro. Fiquei bem feliz porque imaginei que ela tinha preparado tudo.

Chegando no recinto entendi que o preparar tudo resumia-se a encher os baldes (tá, não sei o que eu esperava, talvez que a água estivesse quente ou que tivesse acontecido um milagre e o chuveiro estivesse funcionando...). Bom, o fato é que entrei na banheira e... bateu o desespero! Olhei pro primeiro balde, depois pro segundo. Olhei pra cuia e pro sabonete. Respirei fundo e tentei controlar o pânico: “vamos lá, uma coisa de cada vez”. Raciocinei: primeiro a pessoa tem que molhar o corpo. Logo, peguei a cuia e... quase morri com a água gelada! Daí pensei: quer saber, o melhor é acabar logo com a tortura.

Depois de respirar fundo várias vezes (como quem se prepara para puxar o papel de depilação, sabe?) fiquei em pé na banheira, me preparei e comecei a pular e a me jogar água fria com a cuia. Reprimi os gritinhos e fiquei pulando fazendo a respiração de cachorrinho (aquela de grávida com contrações). Após o choque inicial, me ensaboei e fiquei bem cheirosinha. O problema foi tirar o diabo da espuma do corpo depois. Se tu seguras a cuia com a mão esquerda consegues jogar água no braço direito, mas a água só escorre pelo corpo e não tem muito efeito: o braço continua ensaboado. Então tens que te contorcer para tentar tirar a espuma do braço direito com a mão direita mesmo porque a esquerda está segurando a cuia. Depois passas a cuia para a mão direita para poder tirar o que faltou com a mão esquerda... Bom, é uma confusão. Ainda bem que não tinha ninguém olhando porque foi patético!

Mas não importa: o desafio número 1 foi vencido. Fiquei limpinha e fui dormir (mais ou menos) satisfeita. Mal imaginava o que me aguardava após algumas horas de sono tranquilo...


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Cheguei!

Buemba! Buemba!
Palmeira Sacco informa: hoje começaram oficialmente minhas andanças em Angola!

O avião pousou em Luanda por volta das 6h (2h no Brasil), mas só consegui deixar o aeroporto duas horas depois. A culpa é de Murphy, que me fez escolher a fila mais lenta para pegar o famigerado carimbo na imigração. Enquanto o tiozinho do meu guichê atendia uma pessoa, o do lado atendia três. Mas enfim, Murphy realmente existe e isso tudo faz parte da coisa toda, etcetera e tal.

Quem vos escreve neste momento não sou eu, é o meu bagaço... Hehehehe
Assim que recuperar minhas forças depois de quase 24h de aeroportos e aviões, conto direitinho minhas peripécias, ok?

Beijos a tod@s com meu carinho e já com muitas saudades!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Finalmente!

Enfim uma data: AMANHÃ!

O cara da agência de viagens me liga segunda (ontem) de tarde e diz "Sra. Airi, sou da agência de viagens blablabla e o pessoal do Grupo Aldeia pediu urgência em sua ida para Angola, então a senhora embarca amanhã de manhã bem cedo, ok?" Eu, no supermercado, vistoriando um pacote de spaghetti, que por sinal estava aberto (sempre confiram!), tenho que me segurar no carrinho para conter a tremedeira das pertas. O spaghetti sente a tensão do momento e começa a cair aos tufos de dentro do pacote. Eu tento segurar e evitar que o corredor do super fique cheio de massa, mas ao mesmo tempo tenho que me segurar também porque senão caio... No meio de tudo ainda lembro de olhar para os lados para ver se alguém está vendo a cena patética. Não noto ninguém, mas talvez porque minha visão tenha ficado embaçada. Desisto de segurar o spaghetti e coloco em um cantinho da prateleira. Olho pro chão e finjo que não é comigo. Um tempo depois, lembro do telefone e escuto a voz do cara: "Sra. Airi? Sra. Airi?".
Bom, no fim das contas consegui explicar que estava muito em cima para viajar no dia seguinte e coisa-e-tal, então adiamos a aventura. O embarque não foi hoje, como ele queria. Será amanhã. Uhu! Hehehehhe

Vôo Webjet 6753
POA-GRU 08:55

Chego em Sampa por volta do meio-dia e embarco para Luanda às 16h. Coloco meus belos pés em Angola às 04:45 de quinta-feira, ou às 00:45 no horário de Brasília.
Boa viagem pra mim! :)

domingo, 9 de agosto de 2009

Condomínio

Como a Loira disse que preciso escrever aqui mais frequentemente para que meus leitores não me abandonem, aí vão algumas informações sobre meu próximo habitat!

Esta é uma imagem do Google Earth do condomínio onde vou morar. Como vocês podem ver, areia é o que não falta :) Dizem que se eu não tiver um treco antes, volto curada da rinite!

Esse conjunto de prédios faz parte do Projecto Nova Vida, feito pelo governo para abrigar a classe média de Luanda. O condomínio fica em Luanda Sul, situado (tcharam!) no sul de Luanda. Segundo consta, essa parte da cidade está recebendo bastante investimento em habitação para abrigar as classes alta e média-alta da capital. A desigualdade impera. Bom, estamos no Brasil, não precisamos de muita explicação a esse respeito. Mas enfim...

Vou dividir o apartamento com três pessoas que também fazem parte da ONG que está coordenando o projeto no qual vou trabalhar. Achei isso bem bom porque significa que terei companhia. Espero que as raparigas sejam legais, compreensivas com momentos críticos de TPM e que curtam sorver um amargo! Não é pedir muuuuito, né?! Hehehehehe

Parece que o apartamento é todo equipadinho, com geladeira, fogão, máquina de lavar, etc. O problema é que falta água o tempo inteiro. Talvez algumas pessoas, tipo a Ieva, que lava roupa todo dia, achassem isso realmente um empecilho. Como eu sou eu, provavelmente vou me virar bem! Hehehehehe
Bom, prometo que conto todas as minhas aventuras com relação a esse detalhe básico quando chegar lá! :)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Kuduro

Kuduro, a dança de Angola! (em tua homenagem, Ivâni)
Já andei treinando na frente do espelho! Vocês podem imaginar o resultado magnífico... Huahuahauhauhauha

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A data...

Ainda não sei em que dia viajo. Estou no aguardo de notícias sobre o visto.
A espera é que mata... :/
Aviso assim que souber de algo.

Estréia

Sempre achei essa estória de blog um pouco estranha. Tu ficas escrevendo pra ninguém e, ao mesmo tempo, pra todo mundo. É meio bizarro.

Sei que não tenho o dom para escrever um blog (sim, eu acho que é preciso um dom para tornar um blog algo interessante) e foi exatamente por isso que nunca pensei em criar um. Eis, no entanto, que surgiu essa viagem e a coisa do blog virou necessidade.

Então aqui estou eu: escrevendo pra várias pessoas (mas achando que ninguém vai ler), desbravando um território virtual desconhecido e um tanto quanto amedrontador enquanto me preparo para andanças um pouco maiores e ainda mais desafiadoras.

Ficarei muito feliz com a companhia de vocês nessa jornada! :)