sábado, 15 de agosto de 2009

Falta de água (volume 2)

Atenção navegantes de estômago fraco (ou fresco): não leiam este post!

Bom, a Tchuca perguntou se já fiz cocô em Angola. Ora, minha cara, a pergunta certa não é se fiz cocô (a resposta é óbvia) e, sim, como fiz para mandá-lo embora!

Voltando à minha odisséia banheirística...

Após acordar do meu soninho reconfortante, senti vontade de fazer o meu cocozinho sagrado de cada dia. Pois bem... A situação em si já era um pouco constrangedora, visto que eu havia acabado de chegar e já estava prestes a empestear a casa. Mas tudo bem, são ossos do ofício. Aproveitei um momento em que o pessoal saiu de casa e fui me aliviar. Foi ótimo! Super agradável e esvaziante! De vez em quando eu dava umas abanadas para aliviar o estrago. Tudo estava transcorrendo de maneira muito tranquila até que chegou a hora de dar a descarga...

Bom, deixa eu explicar: nós temos um balde marrom grande que deixamos no banheiro e que utilizamos para armazenar água pra tomar banho ou pra jogar no vaso sanitário (o que vocês aí chamam de puxar a descarga).

Pois bem. Depois de fazer o que tinha que fazer, peguei a cuia e comecei a jogar água no vaso. Fiz isso uma, duas, três, quatro...dez vezes! E o danado continuava lá! Vai ver que a cuia era muito pequena, então resolvi radicalizar: peguei um balde cheio e joguei. Esperei um pouco e olhei: o lindinho tinha ido embora. Viva! Vitória! Relaxei e fui lavar as mãos.

Quando estava quase saindo do banheiro, me virei e olhei novamente para o vaso. Filho da mãe!! Ele tinha voltado! Quase em desespero, abri a tampa do balde grande e vi que a água
estava acabando. Com medo que minhas companheiras de ap voltassem, abri a porta do banheiro e corri com um balde para a área de serviço, onde o povo armazena água em um balde ainda maior do que o do banheiro.
Enchi o balde pequeno, molhei toda a área de serviço e corri de volta para o banheiro. Joguei toda a água e...ele continuava lá!!
Já suando frio e não sabendo mais o que fazer, peguei aquele treco (tipo uma vassourinha) que se usa pra limpar o vaso por dentro e comecei a delicadamente empurrar o cocô para a saída. Quando finalmente consegui, joguei mais um pouco de água e fui pro quarto aliviada, com a sensação de dever cumprido.

Muito bem... Uma meia hora depois fui fazer xixi. Quando levantei a tampa do vaso, quem estava lá?! Pois é: ELE! Vermelha de raiva e morrendo de medo que alguém chegasse e me visse naquela situação constrangedora, fui tomada por uma onda de ódio profundo e avassalador. Peguei de novo a vassourinha e, desesperadamente, sem pensar duas vezes, assassinei o cocô! Sim! Esmurrei o diabo até que ele virasse pó! Convoquei os antigos espíritos do mal e transformei aquela forma decadente em...nada! Depois de dar uma risada malévola estilo Mumm-Rá (muarrárrárrárrááá), joguei mais um pouco de água no vaso, coloquei um produto de limpeza com cheirinho bom, lavei a vassourinha e fui embora.

Missão cumprida!

Obs.: a minha amiga Mocre (aquela que peida, mãe) pediu para ser citada no blog. Achei que esse post seria propício! Beijo, Moucrei! :D

11 comentários:

  1. HUAHUAHUAHUAHAUHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA!!!
    Sem palavras! ;D

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  2. Essa peripécia com o cocô é recorrente.Lembras, por certo, que aos 4 anos,te descartando de um deles, me chamaste aos prantos: Pai,pai...corri pra ver o que estava ocorrendo e, de olhos lacrimejantes e arregalados me disseste: ele não quer sair...De fato, lá estava um, meio palmo de fora, entalado. Não é nada, deixa comigo, peguei o bruto com a mão e ele despencou. Acho que essa foi a primeira "mágica" que fiz para ti... Vai em frente, tua ação, mais do que mágica,foi obra de um intenso e elaborado raciocínio.

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  3. CARALHO, QUE NOJO!!! até pro teu nível de contos sobre cocôs esse foi nojento!!!! hehehehe
    mas a citação da Moucrei não veio em hora mais propícia! hehehe
    bjão!

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  4. Que narrativa escatológica! Vou te contar. Chorei de tanto rir. Um coprófago resolveria num piscar de olhos o problema. Ah! Ah! Ah! Que nojo! Que peripécia! Seja como for, para quem acabou de chegar, foi uma prova e tanto. Depois de passar por essa, vc já está pronta para enfrentar qualquer outra coisa. Nada será tão bizarro. Cruzes!

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  5. Finalmente fui citada!!! Mas tinha que ser justo quando tu fala sobre esse episódio??? Tudo bem, te perdoo!!! Afinal, com tudo isso que tu está passando em tão pouco tempo em terras angolanas... meu Deus!!! Quase me mijei rindo imaginando as cenas... huahuahuahuahuah. Muito bom!!! Ai, Palmeira... o que a tua mãe vai pensar de mim!?!?!?!?! Tu vai ver que, daqui a pouco, tu vai estar tirando isso de letra e vai pegar a manha de como mandar o cocô embora!!! Adorei as notícias!!! Manda mais!!! Um beijão!!! Saudades!!!

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  6. Biba!!! Eu consegui!! Não posso deixar de mencionar que a Loira foi a grande colaboradora... fez passo a passo até eu (tampa) conseguir escrever essas linhas! Anjinha ela!!
    Mas vamos ao assunto do dia: COCÔ!!!
    Me mijei... ou algo pior, rindo!!
    Lembra disso: " O patinho vai pelo buraaaco, o papel vai pelo buraaaco... eu quero sentar no troninho!!"
    POis então que o dito cujo NÃO FOI PELO BURACO!!
    Prova de fogo amiga!!
    Agora me aguarde... virei fã dos comentários!!

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  7. Viu só, Morena: Anjinha!!! A Lê que disse! :)

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  8. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhghhh!!!! Airi!!!!

    To rindo sozinho aqui.
    Abraço,
    Zé.

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  9. SIMPLESMENTE FAN-TÁS-TI-CO!!!! Quase morro de rir!! Pior que estou aqui na minha sala da UFRGS e o pessoal vai achar que fico "me divertindo" em vez de trabalhar, pois as risadas foram incontroláveis. HAHAHAHAHAHA!!!! Bom, pelo menos fico tranquila que os "cocôzinhos" estão indo embora de ti e da casa... Muitos beijos com saudades, Lu (Tchuca pra ti, né?)

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  10. Nem preciso dizer que chorei de rir que me mijei. Lembro bem, quando me chamas para ver seu enormessss cocozões. Ceússssss

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  11. Poxa, Airi. Este história é muito interessante. Não vou dizer que é uma história boa, por que ela é triste no final. Calma, eu explico. Foi uma história triste por que eu estava torcendo para o cocô...

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